segunda-feira, 5 de setembro de 2011


TARSILA DO AMARAL

            Tarsila do Amaral foi uma pintora e desenhista brasileira. Uma das figuras centrais da pintura brasileira e da primeira fase do movimento modernista brasileiro, ao lado de Aflita Malfatti. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.
            Nascida em 1 de setembro de 1886, na Fazenda São Bernardo, em Capivari, interior de São Paulo, era filha de José Estaníslau do Amaral Filho e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, e neta de José Estanislau do Amaral.
            Seu pai herdou a fortuna e diversas fazendas, onde Tarsila e seus sete irmãos passaram a infância. Desde criança, fazia uso de produtos importados franceses e foi educada conforme o gosto do tempo. Sua primeira mestra, ensinou-lhe a ler, escrever, bordar e falar francês. Sua mãe passava horas ao piano e contando histórias dos romances que lia às crianças. Seu pai recitava versos em francês, retirados dos numerosos volumes de sua biblioteca.
            Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino. Mais tarde, estuda com o alemão George Fischer Elpons. Em 1920, viaja a Paris e frequenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na Academia de Emíle Renard.
            Apesar de ter tido contato com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922. Numa confeitaria paulistana, foi apresentada por Aníta Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti De! Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu atelier, formando o Grupo dos Cinco.
            Em janeiro de 1923, na Europa, Tarsila se uniu a Oswald de Andrade e o casal viajou por Portugal e Espanha. De volta a Paris, estudou com os artistas cubístas: frequentou a Academia de Lhote, conheceu Pablo Picasso e tornou- se amiga do pintor Fernand Léger, visitando a academia desse mestre do cubismo, de quem Tarsila conservou, principalmente, a técnica lisa de pintura e certa influência do modelado legeriano.

Obras:
Rio de Janeiro, tela de Tarsila do Amaral, de 1923, pertencente ao acervo da Fundação Cultural Ema Gordon KlabinPátio com Coração de Jesus (Ilha de Wight) - 1921
A Espanhola (Paquita) —1922
Chapéu Azul - 1922
Margaridas de Mário de Andrade - 1922
Árvore - 1922
O Passaporte (Portait de femme) - 1922
Retrato de Oswald de Andrade - 1922
Retrato de Mário de Andrade - 1922
Estudo (Nú) - 1923
Manteau Rouge - 1923
Rio de Janeiro - 1923
A Negra - 1923
Caipirinha - 1923
Estudo (La Tasse) - 1923
Figura em Azul (Fundo com laranjas) - 1923
Natureza-morta com relógios - 1923
O Modelo - 1923
Pont Neuf- 1923
Retrato azul (Sérgio MilIiet) - 1923
Retrato de Oswald de Andrade - 1923
Autorretrato - 1924
São Paulo (Gozo) - 1924
A Cuca - 1924
São Paulo - 1924
São Paulo (Gazo) - 1924
A Feira l-1924
Morro da Favela - 1924
Carnaval em Madureira - 1924
Anjos - 1924
EFCB (Estrada de Ferro Central do Brasil) - 1924
O Pescador - 1925
A Famiia - 1925
Vendedor de Frutas - 1925
Paisagem com Touro 1- 1925
A Gare-1925
O Mamoeiro - 1925
Palmeiras - 1925
Romance - 1925
Sagrado Coração de Jesus 1- 1926
Religião Brasileira I - 1927
Rio de Janeiro – 1923
Manacá-1927
Pastoral-1927
A Boneca - 1928
O Sono-1928
O Lago - 1928
Calmaria 1-1928
Distância - 1928
O Sapo -1928
O Touro - 1928
O Ovo (Urutu) - 1928
A Lua-1928
Abaporu-1928
Cartão Postal - 1928
Antropofagia - 1929
Calmaria II - 1929
Cidade (A Rua) - 1929
Floresta - 1929
Sol Poente - 1929
Idílio - 1929
Distância - 1929
Retrato do Padre Bento - 1931
Operários - 1933
Segunda Classe - 1933
Crianças (Orfanato)- 1935/1 949
Costureiras - 1936/1950
Altar (Reza) - 1939
O Casamento - 1940
Procissão - 1941
Terra - 1943
Primavera - 1946
Estratosfera - 1947
Praia - 1947
Fazenda - 1950
Porto I- 1953

DI CAVALCANTE

            Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Meio, mais conhecido como Di Cavalcanti foi um pintor, desenhista, ilustrador e caricaturista brasileiro.
         Emiliano Di Cavacante nasceu em 6 de setembro de 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio, que era casado com uma tia do futuro pintor.
          Quando seu pai morreu em 1914, Di Cavalcanti obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a revista Fon-Fon. Antes que os anos 20 cheguem, estuda Direito. Em 1916, ingressa na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Segue fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequentou o atelier do impressionista George Fischer Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de Andrade.
            Em 1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai.
            Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando para essa ocasião as peças promocionais do evento: catálogo e programa.
Faz sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais.
            Retorna ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem, artista e dogmas partidários.
            Inicia suas participações em exposições coletivas, salões nacionais e internacionais. Em 1932, funda em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofre sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Paulista. Casa-se com a pintora Noêmia Mourão. Publica o álbum A Realidade Brasileira. Em Paris, em 1938, trabalha na rádio Díffusion Française nas emissões Paris Mondial. Waja ao Recife e Lisboa onde expõe no salão “O Século”; ao retornar é preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá e é preso com Noêmia. Libertado por amigos, segue para Paris, lá permanecendo até 1940.
            Com a iminência da Segunda Guerra deixa Paris e retorna ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Viaja para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Expõe no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa.
Ilustra livros de Vínícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado.
            É convidado e participa da 1 Bienal de São Paulo, 1951. Faz uma doação ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de 500 desenho. Recebe a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo.
            Em 1954 o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realiza exposição retrospectiva de seus trabalhos, e publica
Viagem de minha vida. 1956 é o ano de sua participação na Bienal de Veneza e recebe o 1 Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste.


PORTINARI

            Cândido Torquato Portinari foi um pintor brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras, de pequenos esboços a gigantescos murais. Foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.
            Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma tropa de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de igrejas passa pela região de Brodósqui e recruta Portinari como ajudante.
            Aos 15 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse pelo modernismo. Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa.
            Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli.
            Em 1931 Portinari volta ao Brasil. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a idéia das pinturas. Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova lorque de 1939.
            Na década de 40, Alfred Barr compra a tela “Morro do Rio” e imediatamente a expõe no M0MA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova lorque. Nessa época Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o M0MA, Portinari se impressiona com a obra “Guernica” de Picasso.
            No final da década de 40, Portinari se filia ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e concorre ao Senado em 1947, mas perde por uma pequena margem de votos. Desiludido com a derrota e também fugindo da caça aos comunistas que começava a crescer no Brasil, Portinari se muda com a família para o Uruguai. Em 1951 uma anistia geral faz com que Portinari volte ao Brasil. No mesmo ano, a I Bienal de São Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma sala particular. Mas a década de 50 seria marcada por diversos problemas de saúde.
Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava. Desobedecendo a ordens médicas, Portínari continua pintando e viajando com freqüência para exposições nos EUA, Europa e Israel.
            Em 1960 nasceu sua neta Denise, na qual pintou muitos quadros com o retrato dela e escreveu inclusive, uma oração a ela.
            No começo de 1962 a prefeitura de Milão convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, o envenenamento de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas tintas que o consagraram. As telas Meninos e piões e Favela são parte do acervo permanente da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano.
            Seu maior acervo sacro, entre pinturas e afrescos, está exposto na Igreja Bom Jesus da Cana Verde, centro da cidade de Batatais, interior de São Paulo, situada a 16 quilômetros de sua cidade natal, Brodowski. São 23 obras, incluindo 2 retratos:


Obras:
Os Milagres de Nossa Senhora;
Via Sacra (composta de 14 quadros);
Jesus e os Apóstolos;
 A Sagrada Famílla;
Fuga para o Egito;
Transfiguração;
O Batismo;
Martfrio de São Sebastiâo.
Tiradentes;
Outras pinturas conhecidas de Portinari são:
Meio Ambiente;
Colhedores de Café;
O Sapateiro de Brodowski;
Menino com Pião;
Lavadeiras;
Grupos de Meninas Brincando;
Menino com Carneiro;
Cena Rural;
A Primeira Missa no Brasil;
São Francisco de Assis;
Ceia;
Os Retirantes;[1944J
Futebol;
O Sofrimento de Laia;



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